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terça-feira, 25 de agosto de 2009

PROMORAR. A INSENSIBILIDADE ADMINISTRATIVA E O PAPEL DAS ENTIDADES CLASSISTAS.


Muito se tem falado na atualidade na importância das entidades de classes nos tempos modernos. Realmente a presença dos representantes de classes é de fundamental importância para a sobrevivência dos trabalhadores em um Estado Democrático de Direito.
Minorias, até então sem representatividade alguma, passam a ter em seus representantes, quem realmente as defenda e lute por seus ideais e postulações. Daí, a responsabilidade das entidades classistas, sempre às voltas com demandas de profissionais, que buscam nelas principalmente o reconhecimento na prestação de serviços. Reconhecimento que pode vir de várias formas, como aumentos salariais, melhor assistência à saúde sua e de seus dependentes, jornadas de trabalho menos desgastantes, condições de lazer adequadas, enfim uma série de vantagens e benefícios, que melhorem suas condições e qualidade de vida. Verifiquem que em todas as reivindicações profissionais a família está envolvida, pois não existe trabalhador que não se preocupe com a situação familiar.
No nosso caso, militares estaduais, a situação não pode ser diferente. Qual de nós não se preocupa com a sua família e teria condições de bem exercer a profissão sem o suporte familiar, que nos sustenta e empurra para uma boa prestação de serviços.
O caso específico do PROMORAR MILITAR nos leva a uma reflexão séria, não passional e preocupante. Trabalhador não conhece comportamento mais salutar, mais revigorante que o carinho da esposa, companheira, mãe e filhos, após o retorno de uma jornada de trabalho extenuante e perigosa, que muitas vezes leva vidas de cidadãos honestos, trabalhadores e até de colegas seus. Sem contar outros dissabores também acumulados durante a jornada, por incompreensões, falta de isenção, injustiças e de uma política governamental mais eficaz para os menos favorecidos.
Conforme dados divulgados pelo próprio IPSM em 10 Ago 09, dos 727 processos iniciados, 111 já aprovados pelo Conselho Gestor, 83 encaminhados ao Banco partícipe do projeto, apenas 01, somente um único, teve o pagamento liberado. As alegações de que o projeto só foi regulamentado em abril e entrou em funcionamento em maio não são suficientes para justificar a inércia dos gestores, pois que o anúncio do projeto foi feito na época natalina. Onde estão as noções de planejamento? E a eficácia dos princípios de antecipação? E a visão sistêmica? E a capacidade administrativa tão cobrada dos comandantes e gestores?
Possuo casos pontuais de companheiros nossos que tiveram prejuízos financeiros volumosos, sem contar o prejuízo moral. Ficaram comprometidos com vendedores e principalmente com seus familiares, aqueles que lhe dão sustentação, motivação e forças para o desgastante trabalho policial. Companheiros que acreditaram no projeto, desfizeram de bens, adquiriram aparelhos para a casa nova, obtiveram empréstimos para custear as despesas iniciais e, de repente vêem o sonho ir pelo ralo. E as frustrações? E o sentimento de humilhação perante pessoas que também assumiram compromissos decorrentes do frustrado sonho da casa própria.
O projeto precisa ser mais transparente. Com as modernidades proporcionadas pela tecnologia atual, não seria exigir muito um sistema eletrônico que permitisse aos pretensos compradores um acompanhamento pela Internet/ Intranet. O militar poderia acompanhar o andamento de seu processo de qualquer local onde houvesse um computador. Não gastaria com ligações interurbanas. Não haveria a irritação decorrente do atendimento inadequado, sem educação e incompleto dos funcionários selecionados para o PROMORAR. Selecionados? Seria essa a palavra correta? Fica a dúvida. Como pessoas tão despreparadas podem estar atendendo ao público. Respondendo rispidamente aos questionamentos tão naturais de pessoas já com o equilíbrio emocional fragilizado, em decorrência da falta de informações, de compromissos já assumidos e que possivelmente não serão cumpridos, desgastes com vendedores e corretores. E a família?
De qualquer modo, estamos aguardando um pronunciamento mais esclarecedor dos responsáveis. Não podemos mais ficar a mercê de comentários maldosos e insinuantes de civis que, de certa forma, são compreensíveis. Como profissionais que somos não podemos andar cabisbaixos em relação aos que conosco comercializam. Afinal somos autoridades sobejamente conhecidas, principalmente nas cidades do interior do Estado. Não podemos ficar ouvindo inverdades colocadas de forma indireta à imagem da nossa Gloriosa PMMG.
Entendo que as entidades de classes estão envolvidas com questões sempre atuais e de relevâncias inquestionáveis. PEC 300, aumento salarial, PLC 53/ 09 ( Avaliação de Desempenho, Critérios para Promoções, Prescrição Disciplinar, Gratificação Natalina ), enfim um número significativo de demandas em prol dos companheiros militares estaduais., mas não é pedir muito que atentem para o PROMORAR, que tantos danos tem causado aos postulantes ao sonho da casa própria.
Nossas insatisfações manifestadas até agora tem encontrado eco na AOPMBM, inclusive com posicionamento do presidente, com mais vigor que em outras entidades classistas.
Blogs policiais e até ONG tem emitido manifestações em favor dos militares, mostrando-se preocupados com a gestão do PROMORAR e o sofrimento dos inscritos no programa.
Já solicitamos de público a compreensão do Sr Comandante Geral e confiamos pia e cegamente que algo está sendo feito para diminuir a ansiedade e a insatisfação dos sofridos militares e seus dependentes. Temos plena convicção do atendimento ao nosso pleito.
Agora queremos solicitar das entidades classistas dos militares estaduais que nos apóiem também nessa incansável luta na busca de um sonho que dá mostras visíveis de estar sendo perdido. Apóiem- nos e estarão contribuindo para o bem estar de nossos familiares. Não sejam insensíveis aos nossos justos, dignos e legítimos anseios. As Entidades Classistas tem legitimidade para agir.
Que venha o tão esperado apoio.

Autor:

Jose Doro Pereira Filho- CEL PM QOR.
Especialista em Segurança Empresarial, Patrimonial, Privada.
coroneldoro@uol.com.br

2 comentários:

  1. colcoam um telefone que vc liga e não atende, quando vc vai lá dizem que não podem fazer nada, não pode conversar com advogado, que tem que esperar. Quem vai pagar o pré-contrato que foi assinado com a imobiliária?
    Alguem sabe me dizer se cabe processo por propaganda enganosa e danos em relação a este programa?

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  2. Promorar hoje é um engana bobo. Quem consegui, parabéns,quem não conseguiu, vende gato e bicicleta, vai para caixa federal, deixa de comer e paga 12%, a maior inflação do mundo e compra seu barraco, bobâo, fata pegar o nariz de palhaço no promorar.

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